Ditador disse que 'todo o povo líbio está armado e vencerá'. Ao menos 48 morreram após ofensiva de cinco países do Ocidente.
Em mais um discurso na manhã deste domingo (20), o ditador da Líbia Muammar Kadhafi garantiu que não deixará a sua terra e que irá "libertá-la" das forças de coalizão compostas por EUA, Reino Unido, França, Canadá e Itália, que iniciaram ataques aéreos ao país neste sábado (19).
"Liquidaremos qualquer traidor ou colaborador da coalizão", ameaçou Kadhafi em pronunciamento pela TV estatal. O líder disse que não deixará o Ocidente roubar ou explorar o petróleo do país, e assegurou que "todo o povo líbio está armado e vencerá". O ditador ainda disse que prevê "uma longa guerra" contra os opositores.
Após uma madrugada de ataques intensos na Líbia, os confrontos entre a coalizão internacional e o regime de Kadhafi cessaram pela manhã deste domingo em Trípoli e Benghazi, de acordo com as agências internacionais. Mas a França informou que já prepara o reinício dos ataques para este domingo.
Em Benghazi, a situação no início do dia era bastante tranquila, segundo um repórter da agência de notícias France Presse. As pessoas que procuraram abrigo em locais seguros começavam a voltar para suas casas. O governo líbio diz que 48 pessoas morreram após ofensiva de EUA, Reino Unido, França, Canadá e Itália neste sábado (19).
Madrugada tensa
Disparos de artilharia antiaérea foram ouvidos na madrugada deste domingo em Trípoli, capital da Líbia, após um sábado de bombardeios da coalizão ocidental contra alvos do regime do contestado ditador Muammar Kadhafi.
O fogo antiaéreo foi seguido de explosões e disparos de metralhadoras, e o céu ficou iluminado de tiros, segundo jornalistas da Reuters e da France Presse.
Forças de cinco países começaram neste sábado a atacar a Líbia, em cumprimento a uma resolução do conselho de segurança da ONU aprovada dois dias antes.
Mísseis Tomahawk são lançados na noite deste sábado (19) do destróier americano USS Barry em direção à Líbia. A imagem foi feita com lentes especiais a bordo do navio anfíbio USS Ponce. O objetivo é impedir que tropas leais a Kadhafi continuem atingindo alvos civis, durante a repressão de uma revolta oposicionista que dura mais de um mês e que tenta tirar o coronel do poder, que ele ocupa desde um golpe militar em 1º de setembro de 1969.
Ao menos um avião sobrevoou o setor da residência-quartel de Kadhafi, no bairro de Bab al Aziziya, no sul da capital, em meio aos disparos de artilharia e várias explosões.
A TV estatal afirmou que ataques aéreos aliados estavam ocorrendo em várias regiões da capital do país.
Pouco antes, as Forças Armadas, em comunicado lido pela TV estatal, anunciaram que 48 pessoas morreram e 150 ficaram feridas em "áreas civis" depois dos bombardeios do sábado.
Os ataques, segundo a nota, ocorreram nas cidades de Trípoli, Sirte (cidade natal de Kadhafi), Benghazi (sede dos rebeldes antigoverno), Misrata e Zuwarah.
'Campo de guerra'
O fogo antiaéreo foi seguido de explosões e disparos de metralhadoras, e o céu ficou iluminado de tiros, segundo jornalistas da Reuters e da France Presse.
Forças de cinco países começaram neste sábado a atacar a Líbia, em cumprimento a uma resolução do conselho de segurança da ONU aprovada dois dias antes.
Mísseis Tomahawk são lançados na noite deste sábado (19) do destróier americano USS Barry em direção à Líbia. A imagem foi feita com lentes especiais a bordo do navio anfíbio USS Ponce. O objetivo é impedir que tropas leais a Kadhafi continuem atingindo alvos civis, durante a repressão de uma revolta oposicionista que dura mais de um mês e que tenta tirar o coronel do poder, que ele ocupa desde um golpe militar em 1º de setembro de 1969.
Ao menos um avião sobrevoou o setor da residência-quartel de Kadhafi, no bairro de Bab al Aziziya, no sul da capital, em meio aos disparos de artilharia e várias explosões.
A TV estatal afirmou que ataques aéreos aliados estavam ocorrendo em várias regiões da capital do país.
Pouco antes, as Forças Armadas, em comunicado lido pela TV estatal, anunciaram que 48 pessoas morreram e 150 ficaram feridas em "áreas civis" depois dos bombardeios do sábado.
Os ataques, segundo a nota, ocorreram nas cidades de Trípoli, Sirte (cidade natal de Kadhafi), Benghazi (sede dos rebeldes antigoverno), Misrata e Zuwarah.
'Campo de guerra'
No final da noite de sábado, o contestado Kadhafi disse que a Líbia iria responder militarmente e enfrentar o que ele chamou de uma "agressão colonialista e cruzada", horas depois do início dos ataques da coalizão.
Em um áudio divulgado na TV estatal, Kadhafi disse que o Mar Mediterrâneo e o norte da África se transformariam em um "verdadeiro campo de guerra".
Ele prometeu atacar alvos "civis e militares" na região do Mediterrâneo e abrir os depósitos do governo para armar a população líbia.
"É necessário abrir os depósitos e armar as massas com todos os tipos de armas para defender a independência, unidade e honra da Líbia", disse.
Em comunicado, o governo líbio tratou os ataques de sábado como "agressão", considerou que houve descumprimento da resolução 1.073 da ONU e pediu uma sessão extraordinária do Conselho de Segurança.
'Agressão bárbara'
O presidente do Parlamento da Líbia, Mohamed Zwei, afirmou que a operação militar ocidental é uma "agressão bárbara" contra objetivos civis e militares que já feriu "numerosos civis".
"As nações ocidentais atacaram vários locais em Trípoli e Misrata, causando graves danos", disse. " Esta agressão bárbara contra o povo líbio ocorre após anunciarmos um cessar-fogo."
"Muitos civis foram feridos nesta agressão, os hospitais estão repletos, as ambulâncias não param", disse Zwei, sem citar números.
"Esta agressão não convencerá o povo líbio a se entregar aos bandos armados dirigidos pela al-Qaeda", concluiu Zwei.
Fonte: G1 Internacional
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