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quarta-feira, 2 de março de 2011

Ricardo é alvo de impeachment e Maranhão recebe veto para a CEF

 Duas entidades da sociedade civil protocolaram ontem processos contra o governador Ricardo Coutinho (PSB) e seu antecessor no cargo, José Maranhão (PMDB). Coutinho responderá a um pedido de impeachment (impedimento para governar) na Assembleia Legislativa. O documento foi protocolado pela Associação Brasileira dos Consultores Profissionais (ABRACP). Já o Sindicato dos Bancários da Paraíba  apresentou veto à indicação do PMDB nacional do nome de Maranhão para uma das diretorias da Caixa Econômica Federal. A nomeação de Maranhão depende da aprovação da presidente Dilma Rousseff, que só deverá se pronunciar após o Carnaval.
No pedido de impeachment contra o governador Ricardo Coutinho, a ABRACP alega que o Estado da Paraíba está passando por uma crise institucional que foi agravada com a decretação da greve dos policiais militares. O pedido foi protocolado com base na lei federal 1.079/50, que define os crimes de responsabilidade, que prevê a perda do mandato, a exemplo do que ocorreu com o ex-presidente Fernando Collor de Mello.
O secretário-chefe do governo, Walter Aguiar, não quis se pronunciar acerca do pedido de impeachment do governador Ricardo Coutinho apresentado pela Associação Brasileira dos Consultores Profissionais. Ele alega que nunca ouviu falar dessa entidade. “Se me apontarem três diretores dessa associação eu dou declarações. Se não, eu prefiro não me pronunciar”, afirmou o secretário.


A nomeação do ex-governador José Maranhão (PMDB) para uma das diretorias da Caixa Econômica Federal está sendo bombardeada pelo sindicato dos bancários da Paraíba. O presidente da entidade, Marcos Henriques, disse que Maranhão não tem conhecimento técnico para exercer o cargo e que a sua nomeação é muito mais um prêmio de consolação pelo fato dele não ter sido eleito na disputa de 2010.
Ele criticou a presidente da República, Dilma Rousseff, por estar colocando candidatos que foram derrotados nas eleições passadas para ocupar cargos emimentemente técnicos. O dirigente sindical considera temerária a escolha de pessoas não capacitadas para exercer tais cargos. Segundo ele, o ex-governador José Maranhão não tem perfil para assumir uma das diretorias da Caixa Econômica Federal.
O nome de Maranhão está sendo apresentado pela direção nacional do PMDB. Até agora, a presidente Dilma Rousseff não definiu a nomeação. O PMDB quer emplacar na estatal, pelo menos, dois nomes: o do ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e o de José Maranhão. Estão em disputa duas vice-presidências: a de Crédito à Pessoa Jurídica, que deverá ficar nas mãos do político baiano, enquanto a de Loterias tem o paraibano como nome mais cotado.
O presidente do sindicato dos bancários da Paraíba, Marcos Henrique, disse que Maranhão tem uma tendência privativista, pois foi no seu governo que o Paraiban, antigo Banco do Estado da Paraíba, foi vendido. “Estamos temarários com essa nomeação”, disse o dirigente sindical.
Outro motivo de preocupação por parte do sindicato é quanto à liberação de recursos para a Paraíba pela Caixa. Marcos Henrique teme que o Estado seja prejudicado por causa das divergências políticas entre o ex e o atual governador Ricardo Coutinho. “O governo estadual vai precisar receber recursos da CEF e essa briga não é boa para a Paraíba”.
Fonte: lenilson guedes

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