Conviver com o câncer não é tarefa fácil, sobretudo para quem tem poucos recursos e necessita da ajuda de outras pessoas e do poder público para ‘cuidar’ da doença. Como o principal hospital de referência na Paraíba neste tipo de tratamento é o Napoleão Laureano, localizado em João Pessoa, pacientes do interior enfrentam uma rotina mensal de idas e vindas em busca da cura do câncer.
Soma-se a isso o abalo emocional e o preconceito vivenciado por muitos e dá para ter uma ideia da força de vontade necessária para vencer a doença. Há cerca de dois anos, a agricultora Maria do Socorro Vicente, 46, natural de Condado, no
Sertão paraibano, descobriu que tinha um nódulo no seio, mas que não podia operar de imediato. Desde então ela passou a conviver com a iminência de uma cirurgia e há cerca de oito meses a expectativa se concretizou.
“Quando a gente descobre é muito triste; saber que a gente tem essa doença. Sou agricultora, mãe de cinco filhos, não tenho nada na vida. Tive que pedir muita força a Deus”, relatou, emocionada. A agricultora enfatizou que não foi difícil conseguir uma vaga no Laureano para a realização de exames e o agendamento das cirurgias. O mais complicado mesmo foi a questão do transporte.
“Moro na zona rural e toda vez que vou viajar tenho que dormir na casa de amigos que moram na cidade, para no outro dia pegar o carro da prefeitura com destino à capital”, relatou Maria do Socorro, que a cada 21 dias toma a medicação. A agricultora fala ainda com alegria do apoio que tem recebido dos filhos nessa fase do tratamento e se entristece ao lembrar do preconceito que sente das pessoas em relação à sua doença.
Francineide Cabral, 51 anos, vive em Cabedelo, na Região Metropolitana, mas reclama que tem de pagar um carro para deixá-la no hospital, sempre que é necessário. Ela revela ainda que foi difícil manter o tratamento, porque não tinha boas condições financeiras para ficar bancando o transporte.
Mesmo já tendo terminado a quimio, ela precisa ir ao hospital fazer exames de acompanhamento. Nos pacientes de mais idade, o desgaste das idas e vindas é maior, ainda mais quando se leva em conta a saúde fragilizada. Argemiro Pereira, 62, de Itapororoca – Zona da Mata, há seis anos se operou de um câncer de próstata, que acabou retornando.
Hoje, faz quimioterapia e tem que viajar quase três horas, sempre que vai tomar a medicação, no hospital. Os pacientes ainda comentam sobre o mal-estar causado pela quimio. “A química é muito pesada, dá dor de cabeça, dor de barriga, vômito. As reações são grandes, principalmente nas primeiras semanas, que são as mais difíceis. Mas tive muito apoio da família para conseguir superar a doença”, conta Valéria Cristina, 37, que operou a mama e fez tratamento de quimio e radioterapia para curar um câncer.
Laureano
O hospital Napoleão Laureano é uma instituição filantrópica que se mantém com doações e por convênio com o Sistema Único de Saúde. A chefe do setor de assistência social, Cristiane Borges, revela que a demanda é enorme e que nem sempre pode ser atendida prontamente. Ela não soube informar, contudo, quantos paciente são atendidos na unidade mensalmente.
Enfatizou, porém, que o hospital conta com uma equipe multidisciplinar que faz desde o diagnóstico ao tratamento pós-câncer. Há ambulatórios, leitos para internação, pediatria, oncologia clínica, ginecologia, mastologia, dermatologia, entre outras especialidades. Segundo Cristiane, os pacientes chegam até à unidade encaminhados por médicos das cidades onde residem. “Aqui eles passam por um primeiro atendimento no setor de triagem e daí são indicados aos especialistas que devem atendê-los e submetê-los aos tratamentos necessários”, explica.
Fonte: Camila Alves Especial para o jp
Soma-se a isso o abalo emocional e o preconceito vivenciado por muitos e dá para ter uma ideia da força de vontade necessária para vencer a doença. Há cerca de dois anos, a agricultora Maria do Socorro Vicente, 46, natural de Condado, no
Sertão paraibano, descobriu que tinha um nódulo no seio, mas que não podia operar de imediato. Desde então ela passou a conviver com a iminência de uma cirurgia e há cerca de oito meses a expectativa se concretizou.
“Quando a gente descobre é muito triste; saber que a gente tem essa doença. Sou agricultora, mãe de cinco filhos, não tenho nada na vida. Tive que pedir muita força a Deus”, relatou, emocionada. A agricultora enfatizou que não foi difícil conseguir uma vaga no Laureano para a realização de exames e o agendamento das cirurgias. O mais complicado mesmo foi a questão do transporte.
“Moro na zona rural e toda vez que vou viajar tenho que dormir na casa de amigos que moram na cidade, para no outro dia pegar o carro da prefeitura com destino à capital”, relatou Maria do Socorro, que a cada 21 dias toma a medicação. A agricultora fala ainda com alegria do apoio que tem recebido dos filhos nessa fase do tratamento e se entristece ao lembrar do preconceito que sente das pessoas em relação à sua doença.
Francineide Cabral, 51 anos, vive em Cabedelo, na Região Metropolitana, mas reclama que tem de pagar um carro para deixá-la no hospital, sempre que é necessário. Ela revela ainda que foi difícil manter o tratamento, porque não tinha boas condições financeiras para ficar bancando o transporte.
Mesmo já tendo terminado a quimio, ela precisa ir ao hospital fazer exames de acompanhamento. Nos pacientes de mais idade, o desgaste das idas e vindas é maior, ainda mais quando se leva em conta a saúde fragilizada. Argemiro Pereira, 62, de Itapororoca – Zona da Mata, há seis anos se operou de um câncer de próstata, que acabou retornando.
Hoje, faz quimioterapia e tem que viajar quase três horas, sempre que vai tomar a medicação, no hospital. Os pacientes ainda comentam sobre o mal-estar causado pela quimio. “A química é muito pesada, dá dor de cabeça, dor de barriga, vômito. As reações são grandes, principalmente nas primeiras semanas, que são as mais difíceis. Mas tive muito apoio da família para conseguir superar a doença”, conta Valéria Cristina, 37, que operou a mama e fez tratamento de quimio e radioterapia para curar um câncer.
Laureano
O hospital Napoleão Laureano é uma instituição filantrópica que se mantém com doações e por convênio com o Sistema Único de Saúde. A chefe do setor de assistência social, Cristiane Borges, revela que a demanda é enorme e que nem sempre pode ser atendida prontamente. Ela não soube informar, contudo, quantos paciente são atendidos na unidade mensalmente.
Enfatizou, porém, que o hospital conta com uma equipe multidisciplinar que faz desde o diagnóstico ao tratamento pós-câncer. Há ambulatórios, leitos para internação, pediatria, oncologia clínica, ginecologia, mastologia, dermatologia, entre outras especialidades. Segundo Cristiane, os pacientes chegam até à unidade encaminhados por médicos das cidades onde residem. “Aqui eles passam por um primeiro atendimento no setor de triagem e daí são indicados aos especialistas que devem atendê-los e submetê-los aos tratamentos necessários”, explica.
Fonte: Camila Alves Especial para o jp
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