Até as 22h de ontem, após pouco mais de nove horas de velório, mais de seis mil pessoas foram ao Palácio do Planalto para se despedir do ex-vice-presidente José Alencar, que morreu na última terça-feira, dia 29, de câncer e falência múltipla dos órgãos. Alencar morreu em São Paulo e seu corpo foi transportado na manhã de ontem para Brasília, onde foi velado em palácio. Tão logo desembarcou na capital federal, o corpo do ex-vice-presidente foi recebido com honras militares no Aeroporto de Brasília. No início da tarde, era grande a movimentação na rampa do palácio e no Salão Nobre, onde está o caixão de Alencar. Pela primeira vez desde a morte de Tancredo Neves, em 1985, cidadãos comuns foram autorizadas a subir a rampa do Palácio do Planalto. No meio da tarde, o número de pessoas no velório havia diminuído. A família decidiu que o corpo do ex-vice-presidente José Alencar será cremado, em cerimônia reservada às 14h de hoje, após o velório em Belo Horizonte, informou a assessoria da Vice-Presidência da República. Antes da cremação, o ex-vice-presidente será velado das 9h às 13h, no Palácio da Liberdade, sede do governo estadual, na capital mineira. LULA E DILMA A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcaram por volta das 21h em Brasília, provenientes de Portugal. Em Coimbra, ontem, Lula recebeu o título ‘Honoris Causa’ da universidade local e dedicou a homenagem à memória de Alencar. Do aeroporto, Dilma , Lula e a comitiva seguiram direto para o Paláio do Planalto, onde cumprimentaram familiares de Alencar, velaram o corpo do ex-presidente e particiaram de nova missa uma no va missa encomendando a alma do político e empresário. Choro, fotos e desmaio marcam velório Choro, fotos, furo do bloqueio da segurança e desmaio marcaram o dia no Palácio do Planalto, ontem, quando cerca de seis mil pessoas compareceram, até o início da noite, ao velório de José Alencar. A ex-servidora pública federal Marlene Celestino de Araújo chegou a atravessar a faixa de segurança que separava as pessoas do caixão para colocar um terço nas mãos de Alencar e abraçar a viúva, Mariza Gomes da Silva. Marlene disse que conviveu com o vice-presidente no período em que trabalhou na Secretaria das Mulheres, em um dos anexos do Planalto. “Eu fiz muita novena para ele não morrer”, afirmou. Já a aposentada Ezimar Vieira dos Santos era uma das mais emocionadas ao se aproximar do local onde estava o corpo de Alencar. Comemorando 51 anos hoje, Ezimar disse também lutar contra um câncer no intestino há quatro anos - mesma doença que vitimou Alencar - e que ele é um exemplo para que ela pudesse continuar lutando. “Eu tenho sofrido tanto, sei o quanto ele sofreu. Ele foi um grande herói”, disse a aposentada. Entre os visitantes também havia muitas crianças. Subir a rampa do Planalto foi uma chance única para várias pessoas. Muitos tiravam fotos posando em frente ao caixão. Por volta das 13h20, um incidente. Um dos cadetes da Marinha que fazia a segurança no salão nobre do Planalto desmaiou após uma crise de hipotensão, logo após a cerimônia religiosa. Médicos chegaram a fazer massagem cardíaca no cadete, ao lado do corpo de Alencar. Após cinco minutos, ele foi retirado do local em uma cadeira de rodas, mas ainda inconsciente.
Fonte: da folhapress
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