O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) enquadrou 149 candidatos das eleições de 2010 com base na Lei da Ficha Limpa. Os processos fazem parte de um relatório elaborado pelo setor de estatística do tribunal superior, com os registros de candidaturas que foram negados pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e também pelo TSE, além daqueles que foram concedidos pelas cortes estaduais, mas negados no âmbito federal. O entendimento dos tribunais estaduais e do TSE manteve o mesmo posicionamento em 118 recursos, que foram negados nas duas instâncias da Justiça Eleitoral. Outros 31 registros de candidatura foram concedidos pelo TRE, mas, posteriormente, negados pelo Tribunal Superior. Dos 382 recursos ordinários recebidos pelo TSE, 36 ainda aguardam julgamento por parte do tribunal. O levantamento mostra ainda que 73 candidatos tiveram seus registros negados pelos TREs, mas, quando recorreram ao TSE, conseguiram garantir sua candidatura. Mais 124 registros foram questionados na Justiça Eleitoral, mas deferidos tanto pelos TREs quanto pelo TSE. O TSE também afastou a aplicação da Lei da Ficha Limpa quando o candidato já havia sido declarado inelegível, com base na lei anterior, mas o prazo de inelegibilidade já teria transcorrido. Portanto, casos assim foram considerados improcedentes pelo TSE e os candidatos envolvidos tiveram seus registros concedidos. Na semana passada, por 6 votos a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou os efeitos da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010. Com a decisão, os políticos barrados pela Justiça Eleitoral em 2010 que tiveram votos suficientes para se eleger poderão assumir suas vagas. Entre os beneficiados com a decisão estão Jader Barbalho (PMDB-PA), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), João Capiberibe (PSB-AP), Marcelo Miranda (PMDB-TO), eleitos para o Senado, e Janete Capiberibe (PSB-AP), eleita para a Câmara.
Fonte: Folhapress
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