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sábado, 12 de março de 2011

Nível de radioatividade diminui após acidente nuclear, diz Japão

O governo do Japão informou à Agência Internacional de Energia Atômica  das Nações Unidas que houve um início de aumento da radioatividade após o acidente na central de Fukushima 1, no nordeste do país, neste sábado (12), mas que os níveis "vem diminuindo nas últimas horas".
De acordo com a AIEA, autoridades japonesas informaram que a explosão na central nuclear de Fukushima ocorreu fora da área de conteção primária.
"A empresa que opera a unidade, Tokyo Eletric Power, confirmou que a área de contenção está intacta", diz um comunicado.
O acidente nuclear ocorrido neste sábado (12) na central de Fukushima 1, no nordeste do Japão, foi avaliado no nível 4 numa escala que vai até 7, segundo a Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão.
A explosão na usina foi decorrência do forte terremoto de magnitude 8,9 que atingiu a costa do país na véspera, gerando um tsunami devastador e mais de cem fortes réplicas.
A preocupação em relação à possibilidade de contaminação nuclear persiste, apesar de o governo japonês ter tranquilizado a população em relação às consequências do desastre.
De acordo com a AIEA, o governo do Japão eu início à retirada de cerca de 140 mil pessoas da área próxima à usina. Estima-se que 110 mil pessoas já deixaram a área num raio de 20 km próxima a uma das usinas.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, o acidente em Three Mile Island, nos EUA, em 1979, ficou no nível 5, e o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, no grau 7 da INES (Escala Internacional de Eventos Nucleares).
Na escala, o nível 0 corresponde à ausência de anomalias, e o 7, a um acidente grave. No nível 4, o envento já pode ser considerado um "acidente".
mapa usina fukushima (Foto: Arte G1)
A explosão que fez com que parte do prédio que comporta o reator número 1 derretesse. No entanto, o governo afirmou que o exterior do reator não foi danificado e pediu que a população local mantenha a calma.
Ainda assim, as autoridades ordenaram a retirada dos habitantes a um raio de 20 km da usina.
O porta-voz do Estado, Yukio Edano, acrescentou que a radiação no local havia "diminuído bastante" após a explosão.
Rússia se previne
O premiê da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a verificação dos planos de emergência na zona oriental do país, apois o incidente na usina japonesa, informou a agência de notícias Ria-Novosti.
O primeiro-ministro falou sobre o assunto numa reunião com o titular da Energia Igor Setchine, com o responsável pela agência russa de energia nuclear Rosatom, Serguei Kirienko, e que contou com a participação do vice-ministro das Situações de Emergência, Rouslan Tsalikov.
As autoridades russas, no entanto, mostram-se tranquilas em relação à possibilidade de poluição radioativa.
Contêineres varridos pelo tsunami neste sábado (12) na cidade de Sendai, bastante fetada pelo tsunami (Foto: AP)
Contêineres varridos pelo tsunami neste sábado (12) na cidade de Sendai, bastante fetada pelo tsunami (Foto: AP)
Mortos
A polícia do Japão elevou neste sábado (12) para 637 o número de mortos vítimas do terremoto de magnitude 8,9 que abalou a coista nordeste do país na véspera, gerando um devastador tsunami, que varreu partes da costa da ilha de Honshu. Também há 653 desaparecidos e 1.040 feridos.O número de vítimas, porém, ainda não é definitivo e pode, de acordo com estimativa do próprio governo, superar os mil mortos. A agência Kyodo fala em 1.700 mortos.
Militares encontraram entre 300 e 400 corpos no porto de Rikuzentakata, informou o Exército neste sábado. Em outra cidade portuária, Minamisanriku, havia cerca de 10 mil desaparecidos, segundo a TV local.

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