DESPRESTÍGIO: mesmo com sete representantes em Brasília, PMDB da Paraíba continua “escanteado”; ‘calvário’ de Zé Maranhão já dura quase quatro meses
O silêncio apresentado pelo ex-governador José Maranhão (PMDB) que até pouco tempo comandou a política partidária na Paraíba, é sintomático, em face do completo desprestígio do pmdebista que até agora não foi indicado para um cargo no Governo Dilma Rousseff(PT).
As primeiras especulações davam conta que Zé poderia ocupar um Ministério: o primeiro especulado foi o da Previdência, sonho desfeito com a indicação do político ‘vizinho’ Agripino Maia (RN), e os meses se passaram e Maranhão foi lembrado para a: Sudene, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Codevaf e Embratur.
Tal conjuntura reflete a completa inoperância dos representantes do Estado, que são bem representados em números: sete cadeiras na Câmara, 5, e Senado, 2, (a Paraíba dispõe de 15 cadeiras em Brasília).
Quando chegam à Paraíba os deputados federais: Benjamin Maranhão, Nilda Gondim, Wilson Filho, Hugo Motta, Manoel Júnior, e os senadores Vitalzinho e Wilson Santiago, todos do PMDB, defendem ardorosamente a indicação e chegam até a criticar o Governo do PT, como lembramos posicionamento de Manoel:
“Vamos questionar enquanto partido a quem de direito! Vamos questionar a Palocci (Casa Civil), Luis Sérgio (Relações Institucionais) e as pessoas que estão coordenando essa questão. Por que algumas nomeações de alguns partidos e no PMDB não? O PMDB é Governo e a bancada precisa se reafirmar em relação a esse posicionamento e esta questão”, desabafou.
Júnior também sustentou o argumento de que o PMDB paraibano é aliado de ‘primeira’ hora do Governo petista e alfinetou o ex-presidente Lula (PT).
“Maranhão não está pedindo emprego! A bancada da Paraíba está pedindo um reconhecimento. Antes mesmo de Lula se transformar em presidente da República ele já tinha o apoio do PMDB da Paraíba diferente de outros estados, infelizmente, a memória do presidente Lula e daqueles que fazem o poder talvez tenham provocado o esquecimento”, ironizou.
Mesmo sendo da base aliada, o único deputado federal do PT alfinetou o difícil momento do líder do PMDB: “Tinham dois indicados para a presidência da Caixa e ele perdeu!”, disparou o petista Luis Couto.
O sobrinho de Zé, o deputado federal Benjamin Maranhão desabafou: “A nomeação não é uma prioridade para José Maranhão”, disparou.
Sabe-se que tais ressentimentos ou insubordinações não são explicitados nas votações do Congresso Nacional, onde os representantes do PMDB no Estado agem como verdadeiras ‘marionetes’ fazendo o gosto e os dizeres da presidenta Dilma Rousseff (PT).
Enquanto a nomeação não chega, é grande a expectativa para que o ex-governador se pronuncie sobre o impasse, silencio que pode ser quebrado na próxima semana, Outra hipótese levantada pela imprensa nesta segunda, é a de que José Maranhão pode anunciar a aposentadoria da vida política nos próximos dias. O PB Agora tentou entrar em contato com o ex-governador porém ele não atendeu ao telefone celular,
Fonte: PB Agora
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