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terça-feira, 26 de abril de 2011

Salário médio cresce 1,76% na PB, mas continua o menor do Brasil

O salário médio dos admitidos com carteira assinada na Paraíba registou crescimento real 1,76% no primeiro trimestre, quando comparado ao mesmo período do ano passado, mas o valor continua ainda o menor do país. De acordo com os dados do levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a média subiu de R$ 671,09, em 2010, para R$ 682,90 este ano, mas insuficiente para superar o Rio Grande do Norte, que cresceu 2,23%, alcançando R$ 697,50. Há dois anos, a Paraíba mantém o menor valor dos admitidos.

Segundo os dados do Ministério, a remuneração média dos paraibanos contratados este ano atingiu 76,35% do valor nacional (R$ 894,32), enquanto na região Nordeste o valor chega a 88,42% (R$ 772,26). No ranking do país, os estados de São Paulo (R$ 1.031,09), Rio de Janeiro (R$ 994,56) e o Distrito Federal (R$ 904,62) registraram as maiores médias de janeiro a março.
No Nordeste, o Estado de Pernambuco registrou o maior crescimento do país (7,54%), subindo de R$ 772,55 para R$ 830,77, e agora lidera o rendimento dos admitidos, seguidos pela Bahia (R$ 816,97) e o Maranhão (R$ 787,67), todos acima da média da Região. Os estados do Piauí (-6,03%) e Sergipe (-2,1%).

Nos três meses deste ano, mais de 96,24% das vagas criadas na Paraíba foram concentradas em quatro setores: serviços, comércio, construção civil e indústria de transformação. Os dados contabilizados são apenas dos admitidos, enquanto os desligamentos somaram 40,4 mil trabalhadores entre janeiro e março, o que resultou no saldo negativo de 7,2 mil empregos no período.

No recorte por gênero, a Paraíba se diferenciou do país e da região Nordeste, com as mulheres (2,43%) registrando crescimento real do salário de admissão acima dos homens (1,53%). O salário médio do sexo feminino chegou a R$ 674,84, enquanto os homens (R$ 685,93). No Nordeste, os trabalhadores do sexo masculino foram contratados por R$ 790,96, aumento de 2,82% em relação ao primeiro trimestre de 2010. Já as mulheres, por R$ 724,67, incremento de 1,63%. No país, o percentual de aumento para os homens foi da ordem de 3,84%, ao passarem de R$ 904,45 no primeiro trimestre de 2010, para R$ 939,21 no mesmo período de 2011. O das mulheres foi de 1,80% (R$ 815,57).

De acordo ainda com o levantamento do Ministério do Trabalho, os trabalhadores com o grau de Superior Completo tiveram a maior elevação nos três primeiros meses do ano comparado ao mesmo período de 2010 (4,91%). Em segundo lugar está o Superior Incompleto, com aumento de 3,92%, acompanhado pelo 6º a 9º Fundamental (2,34%). O menor crescimento foi registrado entre os trabalhadores analfabetos, com crescimento de 0,74%.
No país, a elevação dos salários médios reais de admissão aconteceu em 22 das 27 Unidades da Federação no primeiro trimestre deste ano, em comparação com 2010. Os destaques foram Pernambuco (7,54%), Amapá (6,49%) e Paraná (4,05%), enquanto as principais quedas ocorreram nos estados do Piauí (-6,03%) e Tocantins (-2,14%) e Sergipe (-2,1%).

Postos criados têm expansão de 16,56%

Apesar salário de admissão ainda baixo, houve expansão das vagas criadas na Paraíba no primeiro trimestre deste ano que chegou a crescer 16,56%, quando comparado ao ano passado, passando de 28,4 mil postos, nos três primeiros meses de 2010, para 33,2 mil este ano.

De acordo com os dados do Caged, os setores que mais contribuíram para o aumento de admissões em 2011 em relação ao ano passado foram serviços (25,79%), comércio (14,83%l) e construção civil (12,6%). Das quatro atividades que mais empregaram no trimestre, a indústria de transformação foi a que cresceu menos (3,49%), enquanto a agropecuária apresentou retração de 15,09%.

Em número absolutos, o setor de serviços também liderou em vagas criadas, aumentando de 8,1 mil, em 2010, para 10,2 mil vagas este ano, o comércio passou de 7,5 mil para 8,7 mil vagas e a construção civil fechou o trimestre com 6,9 mil vagas contra 6,1 mil no ano passado.

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou, ontem, em João Pessoa que não acredita que as medidas do governo federal para reduzir consumo e conter a inflação atinja a expansão do emprego com carteira assinada. “Temos motivos a mais para acredita que a expansão do empregos continuará igual ou superior ao do ano passado. Não acredito que a desaceleração econômica. Temos uma demanda interna ainda forte, investimentos para a Copa do Mundo e das Olimpíadas, além de muitos investimentos externos chegando. Quanto à região Nordeste, mesmo não apresentando volume de emprego maior que a região Sudeste, ela vem crescendo a taxas acima do país e puxa alta. O crescimento do emprego será igual ou superior ao de 2010”, declarou Lupi.

Fonte: jean gregório

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