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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Médicos vão entrar com ação contra Estado

Em assembleia geral realizada ontem à noite na capital, os médicos da rede hospitalar do Estado resolveram não decretar greve por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB), Tarcísio Campos, embora a paralisação tenha sido descartada, a categoria decidiu entrar com uma ação civil pública para exigir que Estado preste atendimento médico à população.O sindicalista afirma que em cidades do interior hospitais não estão em funcionamento e o hospital de Trauma da capital está superlotado devido à demanda vinda dos municípios do interior.

Segundo o presidente do Simed, os médicos vão realizar atos públicos para a mostar à população a situação caótica dos hospitais. “Os médicos do interior estão deixando de trabalhar e os pacientes são obrigados a vir para a capital”, afirmou. Acrescentado que a situação se agravou com a redução do valor do plantão nos finais de semana. “O governo pagava R$ 1 mil pelos plantões do final de semana, mas em março o valor caiu para cerca de R$ 640. A diferença foi retirada pelo governo do Estado”, afirmou Tarcísio Campos. Ainda de acordo com Campos, o sindicato vai acionar a Justiça para obrigar o atendimento à população.

CAPITAL: GREVE MANTIDA

Também ontem a noite, em assembleia realizada no Conselho Federal da Medicina da capital os médicos que prestam atendimento na rede hospitalar do município decidiram recusar a proposta da Secretaria de Saúde, apresentada no final da tarde. Os médicos resolveram por unanimidade continuar em greve sem previsão de solução.

De acordo com a assessoria do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed/PB), a proposta rejeitada incluía a criação de comissões de avaliação de desempenho dos médicos e uma gratificação por desempenho de produção variável, com teto de R$ 960. Com a recusa, apenas 50% dos profissionais continuam trabalhando, atendendo determinação da Justiça. Eles vão garantir o atendimento de casos de urgência e emergência, mas deixam de realizar procedimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas (agendadas).

A greve dos médicos da rede hospitalar da capital que começou no último dia 4 completa hoje 12 dias. Com a paralisação parte dos atendimentos nos hospitais Ortotrauma (de Mangabeira), Valentina, Santa Isabel, Instittuto Cândida Vargas (maternidade) são atingidos. De acordo com informações do Simed-PB, além da não realização de consultas e cirurgias, 80 exames estão deixando de ser feitos diariamente. A entidade informou também que não estão sendo preenchidas autorizações de internações hospitalares.

Fonte: Luzia Santos

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