Documentos produzidos pelo serviço de inteligência da Aeronáutica sobre a VAR-Palmares, grupo de combate à ditadura militar (1964-85) do qual a presidente Dilma Rousseff participou, revelam que a organização seguia rígidos códigos de conduta.
De acordo com papéis liberados à consulta pública pelo Arquivo Nacional após quatro décadas de sigilo, os integrantes da organização seguiam uma espécie de “manual do guerrilheiro’’ e se dividiam em 33 núcleos, incluindo um “grupo de ação violenta’’.
Chamado “Resumo de Conselhos e Medidas de Segurança e Trabalho Clandestino’’, o manual de 25 páginas foi classificado pelos militares como “peça valiosa’’ e de “grande interesse’’ para conhecimento do grupo.
Para a Aeronáutica, o documento mostrava os militantes “decididos e imbuídos a, através da autocrítica e cega obediência às regras disciplinares, atingirem o alto grau de coesão, fortalecimento e determinação que, na opinião dos militantes, os levará a atingir os objetivos finais a que se propõem’’.
O manual diz como os guerrilheiros deveriam agir em caso de prisão e como deveriam se vestir para encontros com operários, além de recomendar que todos aprendessem a escrever com as duas mãos para disfarçar a autoria de suas cartas.
Fonte: RUBENS VALENTE e JOÃO CARLOS MAGALHÃES
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