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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

FALTA REMÉDIO DE USO CONTINUO NA REDE PUBLICA DA PB

Remédios de uso contínuo estão em falta na rede pública da PB

     Precisar tomar um medicamento diariamente, não ter condições de comprá-lo e não ter o acesso gratuito que deveria ser garantido pelo poder público. Esta é a situação vivenciada por vários pacientes que dependem de remédios distribuídos pelo Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais (Cedmex), mantido pelo Governo do Estado. Segundo denúncias realizadas por pacientes e médicos, desde o mês de dezembro estão faltando vários medicamentos de uso contínuo.

     O psiquiatra Hermano de Almeida trabalha nos hospitais Arlinda Marques e Lauro Wanderley, na capital. Ele não sabe quantos estão enfrentando a falta de medicamentos, mas informou que já atendeu pelo menos 15 pessoas que surtaram porque não estão tomando os medicamentos. “Alguns antipsicóticos custam em torno de R$ 500 a caixa e muitos não têm acesso à medicação se ela não for distribuída gratuitamente. Tenho alguns pacientes que precisaram ser internados porque surtaram porque não estão tomando o medicamento”, afirmou.

     O médico comentou que está sendo feita uma tentativa de subdividir doses, mas não está surtindo o efeito esperado. “Os antipsicóticos são medicamentos que tem que ter o uso controlado, se o paciente deixa de tomar o medicamento corretamente, existe grande chance dele surtar”, destacou.

     A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o problema deverá ser solucionado até a próxima semana. Segundo a assessoria, a nova diretora do Cedmex foi nomeada na última quarta e está realizando um levantamento para saber quais os medicamentos que estão faltando.

Laureano

       Pacientes do Hospital Napoleão Laureano também sofrem com a falta de medicamentos. Um paciente relatou que precisar tomar diariamente um remédio para Leucemia, mas na última quartaa, quando foi ao hospital, foi informado de que o medicamento não estava disponível. O diretor-geral do Napoleão Laureano, João Simões, informou que a falta do medicamento aconteceu por causa de uma problema administrativo dos laboratórios fornecedores, que entrou em recesso e atrasou a entrega.

Fonte: Pb agora com Jornal da Paraiba

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